O processo de beatificação de padre Cícero Romão Batista na igreja católica foi autorizado pelo Vaticano. A informação foi anunciada pelo bispo da diocese do Crato, Dom Magnus Henrique Lopes, durante missa realizada na manhã do último sábado (20), no Largo Capela do Socorro, em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará.
Em 2015 o Vaticano atendeu ao pedido do bispo Dom Fernando Panico
e reconciliou o padre Cícero Romão Batista com a igreja católica. Com a
reconciliação, não havia mais impeditivos para a abertura do processo de
beatificação do "santo popular".
Padre Cícero morreu em 1934
rompido com o Vaticano por envolvimento com a política e pelo polêmico “milagre
da hóstia”. Segundo a crença popular, uma hóstia dada pelo padre virou sangue
na boca de uma beata. Para os devotos de padre Cícero, trata-se de um milagre,
mas a igreja Católica considerou o caso uma interpretação equivocada. Por conta
dos "equívocos", ele foi afastado da igreja católica.
Após a conclusão da fase diocesana, os documentos são encaminhados
para o Vaticano, onde inicia-se a fase romana. O Vaticano avalia relatos de
milagres, graças e atos que possam dar status de beato a Padre Cícero.
“Uma vez constatada, ele é automaticamente declarado como
‘venerável’. Se houver um milagre consistente, nos modos que a Santa Sé exige,
com laudos médicos e toda documentação cabível, é iniciada a fase de
beatificação. Aprovado o milagre, o papa autoriza a beatificação. Depois de se
tornar beato, é necessário outro milagre para a canonização, ou seja para virar
santo”, conta o advogado e especialista em Direito Canônico José Luís Lira.
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