PESQUEIRA
– Cacique Marquinhos pode não assumir prefeitura - Pleno do TSE sinaliza para novas
eleições em 2021
Com o parecer apresentado na
madrugada desta quarta-feira (15), na sessão virtual do plenário do Tribunal
Superior Eleitoral, o ministro Sérgio Banhos, que é relator do processo do
Cacique Marquinhos no TSE, eleito prefeito de Pesqueira, negou o recurso
especial interposto pela defesa do cacique.
O ministro pediu também a
anulação dos votos obtidos pelo candidato, solicitou o impedimento da
diplomação do mesmo que concorreu a eleição sub judice, além de recomendar ao
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco a realização de nova eleição em
Pesqueira ou eleição suplementar.
No parecer, o ministro
recomendou também que o presidente da Câmara de Vereadores de Pesqueira, cidade
do Agreste de Pernambuco, assuma interinamente a prefeitura a partir de 01 de
janeiro de 2021, até que tenha o resultado do novo pleito eleitoral. O destino
político do Cacique será definido após a votação dos outros seis
ministros.
O cacique Marquinhos Xukuru, condenado
na justiça, possui contra si um processo criminal (2006.83.02.000366-5), o qual
transitou em julgado em fevereiro de 2015, onde o Cacique fora condenado pela
prática de crime contra o patrimônio privado, incêndio (art. 250, §1º, “a”), a
uma pena de 10 anos, 4 meses e 13 dias, além de multa.
CULPADO OU INOCENTE? Entenda o caso.
Vale ressaltar que a condenação de Marquinhos Xukuru não possui quaisquer vinculo com corrupção ou ligação com questões políticas. Ele foi condenado em segunda instância por um crime contra o patrimônio privado e por conta disso acabou enquadrado na Lei da Ficha Limpa no seu art. 1º, I, "e". “são inelegíveis os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena”. Entre os crimes está previsto o contra o patrimônio privado, que é onde se insere o indeferimento de sua candidatura.
“Em 2003, no início do
cacicado do Marcos, houve um racha dentro do território indígena, estimulado
por um grupo indígena menor. A situação foi se acirrando até que houve uma
tentativa de emboscada, tentaram assassiná-lo. Nessa emboscada, o cacique
Marcos estava com mais três jovens e dois deles foram assassinados. Após o
ocorrido, o cacique se refugiou dentro da mata, e o jovem sobrevivente foi para
a aldeia mais próxima pedir ajuda. Depois disso, integrantes da aldeia, em
sinal de revolta, começaram a colocar fogo em carros e casas de pessoas que
tinham relação com o autor da emboscada, já reconhecido. O cacique não estava
no local, nem sequer deu ordem para o que aconteceu” A emboscada não foi
considerada no processo. (Carta capital). Com informações do Blog do Magno Martins e da revista Carta Capital
em sua matéria de título “Cacique eleito prefeito no sertão pernambucanoluta pela posse no TSE”.
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