Como você se sentiria ao ver
um profissional que desempenha a mesma função sua receber 3, 4, 5 mil reais em
forma de retroativos, enquanto você, recebe 200, 300 ou até menos de 100 reais referentes
ao mesmo retroativo?
Punição ou cumprimento da lei?
O governo Lula federalizou o
pagamento do piso da enfermagem, atendendo a uma reivindicação antiga da
categoria. Tirou a despesa dos estados e municípios, garantiu recursos e chamou
para si a responsabilidade do pagamento dos profissionais, o que na prática
amenizou o custeio de vários profissionais da saúde nos municípios brasileiros.
Em Saloá, município governado
pelo prefeito (planta) Júnior de Rivaldo (MDB) parece que a mesma síndrome que
acomete o pagamento do piso dos professores foi irradiada aos profissionais
antigos da enfermagem de Saloá.
Em uma interpretação livre,
mas com fundamentos práticos, parece que a gestão de Saloá incorporou todos os
direitos adquiridos dos profissionais mais antigos e fez a complementação do
que “faltava para o piso”
São relatos de profissionais
concursados desde 1996 e que em muitos casos começaram a trabalhar até mesmo
antes desse período que chegaram a receber valores abaixo de R$ 100,00 e variando
à um pouco mais de R$ 300,00 na melhor das situações.
O retroativo da enfermagem tinha como referência quatro meses (maio, junho, julho e agosto) então imaginemos de quanto foi o retroativo a alguns profissionais.
Ocorre que esses profissionais
já tinham garantidos cerca 25% ou até mesmo 30% de quinquênios o que é um
direito adquirido de todo e qualquer funcionário público em qualquer instituição
pública do Brasil.
Oficialmente a gestão não se
posicionou (e nem vai), muito menos apresentou uma justificativa aos
profissionais, já que trata-se de uma minoria.
Professores antigos de Saloá
sabem muito bem do que estamos falando, pois perdem dinheiro mês a mês, ano a
ano e já levaram um prejuízo (para sermos econômicos nas palavras) de milhões
se contabilizarmos os recursos do antigo FUNDEF que nunca chegaram (e nem vão) aos seus
bolsos.
Pelo jeito a gestão municipal, mais uma vez de má-fé ou não, confunde ou se faz confundir, os conceitos de remuneração e vencimentos, e os profissionais
da enfermagem mais antigos serão irradiados pela mesma maldade que desde 2014 acomete os professores.
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