PSB em busca da era mais longeva da história de
Pernambuco
POR EDMAR LYRA - Em Pernambuco, desde
a redemocratização quando voltamos a ter eleições diretas para governador em
1982, o estado se alternou até 1994 entre governadores que ficaram apenas
quatro anos seguidos no cargo, a exemplo de Roberto Magalhães, Miguel Arraes,
Joaquim Francisco e Miguel Arraes, havendo, portanto uma grande alternância de
poder.
Com o advento da reeleição em 1998, Miguel
Arraes tinha chance de conquistar o seu quarto mandato como governador, porém
acabou derrotado por Jarbas Vasconcelos, que foi reeleito, em 2006, Eduardo
Campos retomou o poder para o PSB, ficou oito anos e elegeu o sucessor, Paulo
Câmara que ficou mais oito anos, configurando-se no maior período de um grupo
político em regime democrático do estado, mas comparado ao período do regime
militar, ainda não representa a hegemonia mais longeva em Pernambuco.
A escrita compete ao regime militar, que
durou entre 1964 e 1983, o equivalente a dezenove anos de um mesmo grupo
político controlando Pernambuco, naquele período tivemos seis governadores,
Paulo Guerra, vice que assumiu com a deposição de Arraes pelos militares, Nilo
Coelho, Eraldo Gueiros, Moura Cavalcanti e Marco Maciel, indicados pelo regime
e eleitos indiretamente pela Alepe, e José Ramos que assumiu o cargo de
governador com a renúncia de Marco Maciel para disputar o Senado em 1982 na
primeira eleição direta em Pernambuco.
Nesta eleição, Danilo Cabral, pré-candidato
do PSB a governador, tem a missão de levar o seu partido a vinte anos no
comando de Pernambuco caso seja eleito em outubro e consequentemente suplantar
o período do regime militar que controlou o estado, possibilitando a era mais
longeva de um mesmo partido ocupando o Palácio do Campo das Princesas de forma
ininterrupta.
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