O fato tem preocupado a Amupe, que por meio do presidente José Patriota, solicitou a prorrogação do Censo 2022 para o mês de fevereiro, no intuito de que mais pessoas sejam contabilizadas.
"Pernambuco tem 164 municípios com menos de 50 mil habitantes. Sobrevivem absolutamente da receita para manter os serviços, a infraestrutura, a folha de pagamento, para tudo. Tem município que vai ter prejuízo de 400 a 500 mil por mês, podendo interromper vários serviços essenciais à população. Isso é muito dinheiro para um município pequeno manter", justificou.
Ainda de acordo com Patriota, a pesquisa do IBGE foi falha em diversos municípios. “Apenas 30% dos entrevistadores foram para campo, ou seja, a contratação foi precária. Muitas casas sem visitação. Foram mil dificuldades, os prefeitos sempre contestando. Casas colocadas como vazias, como se não tivesse morador, isso tudo atrapalhou", disse o presidente.
LIMINAR SUSPENDE USO DO CENSO
PARA DEFINIR REPASSES A PE, CE e PB
O juiz Frederico Botelho
Viana, da 13ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, acolheu pedido de três
associações municipalistas e suspendeu decisão do TCU (Tribunal de Contas da
União) de utilizar dados prévios do Censo 2022 para definir a divisão de repasses
federais às prefeituras em 2023.
A decisão é liminar, saiu
durante o plantão judiciário e valerá até a finalização do Censo pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), previsto para março. O TCU
informou que não vai se pronunciar sobre as decisões.
A liminar garante aos
municípios dos estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba a continuidade em receber
recursos pelas atuais regras até que o Censo de 2022 tenha sua divulgação
definitiva que está previsto para março deste ano.
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