Em vigor desde 2008, a Lei do
Piso Nacional do Magistério determina que o reajuste do Piso dos Professores seja
calculado a partir do crescimento do valor anual mínimo por aluno do
Fundeb. O modelo vigente, no entanto, produz variações acentuadas de um ano
para outro.
Em períodos de expansão
econômica, os reajustes podem ser elevados, como o que aconteceu em 2022 com um
reajuste de aproximadamente 33%, enquanto em momentos de queda de arrecadação,
como durante a pandemia em 2021, o aumento pode ser inexistente ou insuficiente
para acompanhar o custo de vida.
PREVISÃO DO PISO PARA 2026 - Se a
fórmula atual não for alterada, os professores poderão ter uma perda no poder
de compra no próximo ano. Em primeiro lugar, a projeção atual aponta para um
reajuste de apenas 2,9% em janeiro de 2026.
Vale lembrar que a inflação
prevista para o período é de 3,5%. Portanto, sem uma nova regra, o piso
— que hoje é de R$ 4.867,77 — teria um aumento “negativo” em termos reais.
Camilo Santana reforçou que “o importante é que os professores não podem ter
menos que a inflação”.
DISCUSSÃO DA NOVA REGRA - A
regra atual vincula o aumento ao valor por aluno do Fundeb, o que causa
flutuações bruscas (como o salto de 33% em 2022 após um ano de zero reajuste).
Atualmente, as duas propostas em debate no grupo de trabalho são: Inflação
(INPC) + média de crescimento do Fundeb dos últimos cinco anos; Inflação (INPC)
+ 30% do próprio INPC como ganho real.
RESISTÊNCIA DE ESTADOS E
MUNICÍPIOS - Embora os professores busquem a equiparação salarial com
outras carreiras de nível superior — hoje o docente ganha apenas 86% do salário
médio de outros profissionais com mesma formação —, os prefeitos e governadores
alegam falta de recursos.
Portanto, os gestores
municipais pedem duas contrapartidas ao MEC:
Ajuda financeira direta da
União para pagar o piso (além do Fundeb);
Travas de segurança para anos
de crise econômica, impedindo que o salário suba mais do que a arrecadação.
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