Uma página da história
política de Saloá que ecoará por décadas foi escrita na última segunda-feira,
dia 18 de março de 2024, quando o atual prefeito Junior de Rivaldo (MDB), filho
do ex-prefeito Rivaldo Alves (In memoriam) rompeu os laços políticos com o
primo, mentor e ex-prefeito Ricardo Alves (PP).
A notícia do possível
rompimento começou a circular nos bastidores do meio político no fim da tarde
do domingo (17) e estourou como uma verdadeira bomba na segunda-feira (18),
levando a população a ficar incrédula com a atitude do prefeito Junior, que
tinha a alcunha de “laranja” até aquele momento.
Em 61 anos de história política de Saloá enquanto município e em quase 100 anos de história – desde quando o “Barro” pertencia a Bom Conselho – de disputas políticas e familiares que os “Ricardos” e os “Birundas” sempre estiveram lado a lado de mãos dadas em todas as situações.
O antes imbatível e todo
poderoso Ricardo Alves, responsável por idealizar e montar um dos maiores
grupos políticos da história de Saloá, emplacando três vitórias seguidas (2012,
2016 e 2020) foi motivo de piada, de chacota por seus antigos aliados, que até
poucos dias antes o endeusavam.
Vítima nessa história toda,
Ricardo viu seus antigos desafetos serem trazidos de volta para a linha de
frente por seu antigo pupilo “Junior de Rivaldo” e ao lado do antigo grupo
começaram a darem as cartas no recém-formado “novo governo”.
Ferido, Ricardo Alves batizou
o primo e ex-aliado “Júnior de Rivaldo” de “O Judas de Saloá” pelo fato de ter
se sentido traído pelo próprio sangue.
Júnior de Rivaldo por sua vez
teve seus motivos para o rompimento. Afinal de contas não mandava em seu
próprio governo e de fato era ‘laranja”, um boneco, massa de manobra nas mãos
de Ricardo.
Mas...Júnior não é inocente
nessa história. Sempre foi conivente com tudo. Viu o povo de Saloá sofrer,
sofrer e continuar sofrendo e somente tomou uma atitude quando foi conveniente
para ele – Júnior – e nunca se importou com o povo de Saloá.
O fato é que o governo, o
império, a casta, o reinado, a dinastia foram rachados, trincada, fissurada. Júnior
errou feio na forma, no método, nos meios pelo qual afastou Ricardo da
prefeitura. Renunciou ao diálogo familiar, e expos Ricardo a uma espécie de
“execução política pública”.
Júnior agora é inimigo público nº 01 de Ricardo e sua permanência na prefeitura a partir de 2025 tornou-se uma incerteza. Historicamente o 18 de março de 2024 entrará para a História de Saloá como o dia da “Traição familiar”.